Dólar Hoje: Moeda Americana Sobe com Tarifa de 50% dos EUA sobre o Brasil

Publicado em 10/07/2025

O dólar disparou frente ao real brasileiro nesta quinta-feira, 10 de julho de 2025, atingindo R$ 5,619 na venda, uma alta de 2,10%, segundo dados da B3. A escalada reflete a reação do mercado à imposição de uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros anunciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em retaliação a decisões judiciais no Brasil e ao déficit comercial. Este artigo analisa a cotação do dólar hoje, os fatores que impulsionam a alta do USD/BRL, e o impacto no mercado forex, com base em análise técnica e análise fundamentalista.

Sumário:

1. Cotação do Dólar Hoje
2. Por Que o Dólar Está Subindo?
3. Impacto das Tarifas de Trump
4. Cenário Econômico Atual
5. O Que Esperar do USD/BRL?
6. Dicas para Traders e Investidores
7. Conclusão

Cotação do Dólar Hoje

Às 9h16 de 10 de julho de 2025, o dólar comercial registrava:

• Compra: R$ 5,618
• Venda: R$ 5,619

O dólar turismo, usado para viagens e compras no exterior, estava cotado a:

• Compra: R$ 5,476
• Venda: R$ 5,656

Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,33%, alcançando R$ 5,630. Durante a sessão, a moeda atingiu uma máxima de R$ 5,621 e uma mínima de R$ 5,571, refletindo alta volatilidade. Na véspera, o dólar à vista fechou com alta de 1,05%, a R$ 5,50359.

Por Que o Dólar Está Subindo?

A forte valorização do USD/BRL é impulsionada pela decisão do presidente Donald Trump de impor uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, anunciada em 9 de julho de 2025. A medida, que entra em vigor em 1º de agosto, surpreendeu o mercado, já que o Brasil inicialmente estava sujeito a uma tarifa de 10%, conforme divulgado no Liberation Day. A alíquota de 50% é a mais alta aplicada a qualquer país até o momento, superando tarifas de 25% impostas ao Japão e à Coreia do Sul.

Trump justificou a medida citando decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) contra empresas americanas de tecnologia e o tratamento dado ao ex-presidente Jair Bolsonaro, além de alegar uma “relação comercial injusta”. A reação foi imediata: o dólar futuro de agosto saltou 2,30% na quarta-feira, fechando a R$ 5,6115, enquanto o Ibovespa caiu 2,2%.

Impacto das Tarifas de Trump

As tarifas de 50% devem impactar significativamente as exportações brasileiras, que representam 1,9% do PIB, segundo o JPMorgan. Produtos como petróleo, ferro e aço, café, carnes, e papel e celulose estão entre os mais afetados. A Hike Capital alerta que empresas exportadoras podem repassar parte dos custos ao mercado interno, elevando a inflação e pressionando os juros.

A redução nas exportações pode diminuir a entrada de dólares no Brasil, fortalecendo o USD/BRL e aumentando a volatilidade no mercado forex. Marcelo Bolzan, da The Hill Capital, destaca que a perda de acesso ao mercado consumidor americano, o maior do mundo, pode reduzir o PIB brasileiro em 0,8% a 1,2% se as tarifas persistirem.

O governo brasileiro, sob o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, planeja retaliar com a Lei de Reciprocidade Econômica, que permite suspender acordos comerciais e impor tarifas sobre importações americanas. Negociações continuam até 1º de agosto, mas a ausência de um acordo pode intensificar a aversão ao risco entre investidores.

Cenário Econômico Atual

Brasil

• IPCA: O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo subiu 0,24% em junho, acumulando 5,35% em 12 meses, ligeiramente acima da expectativa de 5,32%.
• IOF: O governo defende a manutenção do aumento das alíquotas do IOF, essencial para o equilíbrio fiscal, mas enfrenta resistência no STF. Uma audiência de conciliação está marcada para 15 de julho.
• Banco Central: O BC anunciou um leilão de até 35.000 contratos de swap cambial para rolagem do vencimento de 1º de agosto, visando estabilizar o câmbio.

Estados Unidos

• Política Monetária: As atas do FOMC indicam divisão sobre cortes de juros, com chances crescentes para setembro, o que pode fortalecer o real no futuro devido ao carry trade (diferencial de juros). A Selic está em 15%, enquanto os juros americanos permanecem restritivos.
• Dados Econômicos: Pedidos de seguro-desemprego (9h30) e discursos de membros do Fed (14h15 e 15h30) estão no radar do mercado.

O Que Esperar do USD/BRL?

A análise técnica aponta para uma tendência de alta no USD/BRL, com o par testando resistências próximas a R$ 5,62, conforme observado na B3. Observamos um aumento no volume vertical desde 24/02/2025, sugerindo interesse crescente na moeda, com o preço próximo à média móvel de 3 meses. No entanto, a volatilidade de 0,53% sugere que grandes movimentos de alta, como máximas históricas, são improváveis no curto prazo.

A análise fundamentalista destaca que a pressão sobre o USD/BRL deve continuar até 1º de agosto, dependendo do resultado das negociações entre Brasil e EUA. A possível retaliação brasileira e a política monetária do Fed serão cruciais. Posts em X refletem o sentimento de mercado, com previsões de maior inflação e juros no Brasil caso as tarifas persistam.

Dicas para Traders e Investidores

1. Acompanhe a Cotação: Use ferramentas como o conversor da Wise ou o gráfico em tempo real da Investing.com para monitorar o USD/BRL.
2. Gestão de Risco: Utilize stop loss e take profit para proteger posições em um mercado volátil, especialmente em operações de day trade ou scalping.
3. Conta Demo Gratuita: Teste estratégias em plataformas de trading como MetaTrader 4 ou MetaTrader 5 oferecidas por corretoras como a TMGM antes de operar com capital real.
4. Análise de Mercado: Combine análise técnica (gráficos de velas, indicadores de tendência) com análise fundamentalista (notícias econômicas, decisões do Fed) para decisões informadas.
5. Cuidado com Taxas: Evite taxas ocultas em transferências internacionais, que oferecem cotações transparentes.

Conclusão

A cotação do dólar hoje, 10 de julho de 2025, reflete um cenário de alta volatilidade no mercado forex, impulsionado pela tarifa de 50% imposta pelos EUA sobre produtos brasileiros. Com o USD/BRL alcançando R$ 5,619, os investidores devem monitorar as negociações até 1º de agosto e os desdobramentos econômicos no Brasil e nos EUA. Apesar do impacto imediato na inflação e no PIB, a janela de negociação e a possível retomada do carry trade podem oferecer oportunidades no futuro. Para traders, a gestão de risco e o uso de ferramentas como MetaTrader 4 e análise de mercado ao vivo são essenciais para navegar nesse ambiente desafiador.

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