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Resumo:Neste artigo, exploramos as razões por trás dessa queda, seus impactos na economia global e as implicações para o Brasil, com base em dados recentes e análises de especialistas.
O dólar americano, historicamente um símbolo de estabilidade e poder econômico, atravessa um período de desvalorização significativa em 2025, influenciado por uma combinação de fatores econômicos, políticos e geopolíticos. Desde o retorno de Donald Trump à Casa Branca em janeiro, as políticas protecionistas e a intensificação da guerra comercial global têm abalado a confiança na moeda americana, levando-a a níveis próximos aos mais baixos desde 2023. Neste artigo, exploramos as razões por trás dessa queda, seus impactos na economia global e as implicações para o Brasil, com base em dados recentes e análises de especialistas.
Na terça-feira, 3 de junho de 2025, o dólar à vista no Brasil fechou em baixa de 0,65%, cotado a R$ 5,6373. Na quarta-feira, às 11h, a moeda operava com leve recuo de 0,04%, a R$ 5,634, enquanto o dólar para julho na B3 caía 0,48%, a R$ 5,647. Globalmente, o índice DXY, que mede o desempenho do dólar frente a uma cesta de seis moedas fortes (como euro, iene e libra), registrava queda de 0,12%, atingindo 99,041. Postagens no X indicam que o índice DXY caiu de 102 na semana anterior para 99,6 em 21 de maio, refletindo a desvalorização contínua.
Essa trajetória de queda é impulsionada por uma série de eventos econômicos e políticos, com destaque para as tarifas comerciais impostas por Trump e a desaceleração da economia americana. Bancos como Morgan Stanley, JPMorgan e Goldman Sachs preveem quedas ainda maiores, alertando para os riscos de uma recessão global decorrente das políticas protecionistas.
A guerra comercial iniciada por Trump é o principal motor da perda de valor do dólar. Desde abril de 2025, o presidente anunciou tarifas que variam de 10% a 145% sobre produtos importados de mais de 180 países, com foco especial na China, que enfrenta taxas de até 145%. A China retaliou com tarifas de até 125% sobre produtos americanos, intensificando a escalada retaliatória. Essas medidas geraram volatilidade nos mercados e minaram a confiança dos investidores nos Estados Unidos.
As tarifas aumentam os custos de importação nos EUA, pressionando a inflação e reduzindo o consumo, o que eleva o risco de recessão. Em maio de 2025, a atividade industrial americana contraiu pelo terceiro mês consecutivo, conforme dados do Instituto de Gestão de Fornecimento (ISM), que registrou um índice de serviços em 49,9, indicando contração. O relatório ADP também revelou a criação de apenas 37.000 vagas no setor privado em maio, bem abaixo dos 110.000 esperados, sinalizando desaceleração no mercado de trabalho.
Gabriela Siller, do grupo financeiro BASE, destaca que “as políticas protecionistas e erráticas de Trump estão corroendo a reputação dos Estados Unidos”, afetando as expectativas de crescimento e questionando o status do dólar como moeda de reserva global. Economistas como Barry Eichengreen, da Universidade da Califórnia, advertem que a confiança no dólar, construída ao longo de décadas, “pode ser perdida em um piscar de olhos”.
Diferentemente de governos anteriores, que incentivavam um dólar forte para manter baixos os custos de empréstimos e projetar poder geopolítico, Trump parece buscar um dólar fraco como parte de sua agenda de reindustrialização. Um dólar desvalorizado torna as exportações americanas mais competitivas, enquanto encarece as importações, incentivando a produção local e a criação de empregos no setor manufatureiro.
Relatos apontam para o suposto “Acordo Mar-a-Lago”, um plano atribuído a Stephen Miran, presidente do Conselho de Assessores Econômicos de Trump, que considera o status do dólar como moeda de reserva um “ônus” que contribui para déficits comerciais e desindustrialização. Segundo essa visão, a valorização do dólar encarece os produtos americanos, incentivando empresas a transferirem a produção para o exterior. Um dólar mais fraco, portanto, seria uma ferramenta para reduzir o déficit comercial dos EUA, que cresceu devido à valorização da moeda em 2024.
No entanto, Kenneth Rogoff, ex-economista-chefe do FMI, critica essa estratégia, argumentando que o déficit comercial tem causas múltiplas e que “as tarifas não são uma panaceia”. Ele alerta que a desvalorização do dólar pode trazer consequências indesejadas, como inflação persistente e instabilidade financeira global.
A desvalorização do dólar tem efeitos ambivalentes. Globalmente, moedas como o euro, iene e franco suíço ganharam força, enquanto o ouro atingiu máximas históricas, como US$ 3.255,94 em 11 de abril, refletindo a busca por ativos seguros. Para países emergentes como o Brasil, um dólar mais fraco pode ser benéfico, mas também traz desafios.
O futuro do dólar depende de vários fatores, incluindo:
No Brasil, o mercado também monitora questões domésticas, como o aumento da desaprovação do governo Lula (57% em maio, segundo a pesquisa Genial/Quaest) e as negociações fiscais para substituir o aumento do IOF, que influenciam o apetite por risco.
A desvalorização do dólar em 2025 reflete a combinação de políticas protecionistas de Trump, desaceleração econômica nos EUA e perda de confiança global. Embora um dólar fraco possa beneficiar as exportações americanas e emergentes como o Brasil, os riscos de inflação, recessão e instabilidade financeira são significativos. Para investidores e consumidores brasileiros, a volatilidade exige cautela, com atenção às cotações diárias e às decisões do Banco Central, que realizou leilões de linha de até US$ 1 bilhão em 4 de junho para estabilizar o câmbio.
No dinâmico cenário global, a trajetória do dólar dependerá da capacidade de Trump de equilibrar sua agenda comercial com a estabilidade econômica. Por enquanto, a moeda americana enfrenta um teste de resiliência, enquanto o mundo busca alternativas em um ambiente de crescente incerteza.
Palavras-chave: Dólar, Guerra Comercial, Donald Trump, Desvalorização, Economia Americana, Brasil, Tarifas, Inflação, Moeda de Reserva, Reindustrialização.
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